Na última terça-feira (19) a Conmebol anunciou o preço dos ingressos da grande final da Libertadores, disputada no Estádio Centenário, no Uruguai, entre Palmeiras e Flamengo. Quem quiser assistir à mais uma final brasileira in loco terá que desembolsar no mínimo US$200 (ou R$1.110 na atual cotação), apenas para comprar o ingresso ‘mais barato’. Sem contar é claro os custos da viagem, como voos e hospedagem, que apresentam valores bem maiores do que em outros períodos do ano.
O anuncio levantou discussões acerca do evento e gerou críticas de torcedores, mas não só deles. Dudu, jogador do Palmeiras manifestou descontentamento com os preços superfaturados no próprio Instagram da Conmebol, “Muito caro o ingresso, tem que ser mais barato”, comentou na postagem oficial do anúncio.
Para efeito de comparação, a final da Champions League, o torneio de futebol mais assistido do mundo depois da Copa do Mundo, teve seu ingresso mais barato vendido à £60 (ou R$466). Comparar a final das duas competições parece injusto, e até certo ponto é. Mas faz sentido, visto que a Conmebol busca tornar a Libertadores a Champions League das Américas. Se o plano é começar pelo aumento dos ingressos antes de valorizar seu produto, esse não parece ser o caminho.
Os ingressos superfaturados inclusive expõem uma contradição que envolve o palco da final. Fundado em 1930, o Estádio Centenário é indiscutivelmente um dos mais importantes da América e do Mundo, mas não tem a estrutura dos estádios atuais. Acostumado a receber um público mais populares, foi palco de outras finais históricas como essa entre Palmeiras e Flamengo promete ser, e nenhuma delas à US$200.
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