Arte

Oscar 2022 – melhor atriz

Oscar 2022 – melhor atriz
Penélope Cruz

Sustentar um papel principal, do início ao fim de um filme, com maestria e magnificência é o desejo de qualquer atriz. E o ato de atuar carregando a força dramática da obra é o suprassumo dessa arte que tanto encanta e emociona. Assim, este texto é sobre as indicadas a Melhor Atriz do Oscar 2022.

Obviamente que não tenho autoridade nenhuma em dar uma nota que não seja 10 às indicadas. Vou, humildemente, reportar minhas impressões e, dentro destas, tentar classificar as atrizes dentro dos filmes. Como sempre, espero estar errado (ou não). E não apresento nenhum tipo de torcida para essa ou aquela. Ei-las:

Começando por uma espanhola maravilhosa, Penélope Cruz recebe sua segunda nomeação para melhor atriz principal, tendo já recebido também duas pra melhor atriz coadjuvante e conquistando a estatueta num dessas vezes. No colorido MÃES PARALELAS, Penélope é a personificação da mulher guerreira e independente do século XXI, que milita pelo seu presente e luta pra extinguir os fantasmas do passado. Tão convicta em seu feminismo e feminilidade, ela transpira sororidade em situações adversas com a normalidade inata das grandes mulheres. Essencial!

A inglesa Olivia Colman está em sua segunda indicação a melhor atriz (ganhou uma), além de uma vez como coadjuvante. Sua atuação é repleta de maneirismos sobre uma mulher madura e mãe desnaturada que, ao contrário da prática estabelecida pela sociedade, preferiu amar-se e curtir sua vida a cuidar dos filhos. Um retrato triste, resignado e cheio de preocupação sobre escolhas e autossuporte. Excelente!

Também em sua segunda nomeação como melhor atriz, e ainda com uma a coadjuvante, a californiana Jessica Chastain está esplendorosa no papel da televangelista Tammy Faye Bakker em OS OLHOS DE TAMMY FAYE. Ascensão, queda e redenção acontecem durante a trama e Jessica se enquadra perfeitamente nas variadas situações dramáticas, utilizando os trejeitos e compaixão inerentes à missionária. Triunfal!

Falando em triunfo, a musa havaiana-australiana Nicole Kidman é uma das concorrentes. Logo, vem forte. Protagonizando como a humorista Lucy Ball dos anos 50 em APRESENTANDO OS RICARDOS, Nicole tem astúcia, carisma e a força feminina numa época em que o machismo prevalecia. Além de fazer arte da arte, com suas ideias e minúcias em busca da perfeição. E consegue, sobretudo, porque é ele em cena. Sua quarta nomeação para melhor atriz (venceu em 2002) e tendo uma como coadjuvante.

Finalizando as divas, deixo por último minha preferida nesta edição – a linda estadunidense Kristen Stewart em sua primeira indicação ao Oscar. Pois fazer o papel da Princesa Diana requer talento, coragem e cultura. E, em SPENCER, Kristen afasta qualquer predicativo teen que pudesse acoplar em sua carreira, dando vida a uma alma quase morta, visto o que passava a princesa naquele tempo. Um show que reabre as feridas da realeza e expõe o quanto o tradicionalismo pode ser maléfico. Esplêndida!

Enfim, as fichas estão na mesa e os dados estão a rolar. Reitero que são apenas impressões de um cinéfilo de quinta querendo auxiliar (?) na percepção de outras pessoas. Além de querer promover o debate sobre cinema. Façam suas escolhas!

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