A Lua Cheia em zênite à zero hora do domingo é o vórtice de dois triângulos simetricamente sobrepostos. O primeiro, mais amplo, formado com Marte e Saturno. O segundo, com Urano e o Meio do Céu. Arrostando o Sol, ela conjuga-se com Vênus num alinhamento rigoroso. A geometria desse instante, no zênite da Lua Cheia, faria chorar um Pitágoras.
Geometrias, entretanto, talvez não digam muito. Os sentidos que extraímos dos astros talvez sejam indiferentes a retas e ângulos. A linguagem astrológica, sempre muito intuitiva, talvez prefira os desenhos curvos e arquetípicos do inconsciente, onde não vigora uma só das leis de Euclides.
Talvez não sejam os triângulos, mas o vórtice em si mesmo, o dado a ressaltar. A Lua Cheia está em Libra, o signo aéreo. Ali ela voa sem se amarrar a alinhamentos rigorosos ou a geometrias estáticas. Ali a Lua é livre.
Talvez ela prenuncie, então, a liberdade de todos nós.
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