Vasculhe sua gaveta. Pegue aquelas velhas pastas no fundo do armário. Reabra o velho baú. Faça uma varredura em seu computador. Dê uma olhada nos arquivos mais empoeirados de seu drive. Não deixe de conferir os HDs externos que você guarda na gaveta. Ou no armário. Ou no baú.
O que você achar nessa busca nos interessa. Sua pequena monografia praquela disciplina esquisita do começo do curso. Seu obscuro desenho esboçado logo após acordar dum sonho, ou dum pesadelo. Seu cover, com guitarra esfumaçada, praquela música dos Strokes. Seus experimentos digitais. Sobretudo seus poemas inacabados cheios de imagens suas e de seu tempo, como um espelho estilhaçado. Sua opinião, sua arte, seus arroubos mais expressivos nos interessam.
Aqui há espaço pra publicá-los. Apreciá-los. Semeá-los na terra fértil de nossa liberdade ferida. Somos literalmente a Abertura: um canal que se abre à nossa expressão, um canal em que podemos nos ouvir. Nossa ideia é sermos um coletivo. O sujeito da oração, sempre coordenada e nunca subordinada, somos nós.
Você já reparou: nós já somos muitos. Além de nossos colaboradores permanentes, apelidados carinhosamente de “colunistas” em nosso site, há aqueles que arriscam – sempre com enorme êxito – contribuições eventuais. Você já viu aqui a arte de Luana Plebani, JVC Monteiro, Joana Luna, Renata Buzzarello, Gustavo Reif, Bianca Anacleto… São muitos, mas deveriam ser muitos mais.
Em suma, concluamos francamente. Objetivo: dar as mãos, ir pra luta, expressar e ouvir nossa voz. Obstáculo: sua timidez, sua preguiça, seu esquecimento de si mesmo. Sérgio Sampaio tinha razão: lugar de poesia é na calçada. A Abertura é exatamente isso: um lugar à margem do grande tumulto da rua por onde passam os homens, as lutas e a história.
Acesse o nosso site. Nossas redes sociais. Mande uma mensagem, um e-mail, uma carta num papel de pão. Traga sua contribuição à causa. A história está passando. Geraldo Vandré tinha razão: não podemos esperar acontecer.
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