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25 de maio: uma data fundamental

25 de maio: uma data fundamental
In Street to Mbari, - Jacob Lawrence

Ontem, 25 de maio, fez um ano da morte de George Floyd. Familiares do homem brutalmente assassinado foram recebidos por Joe Biden, Presidente americano, na Casa Branca. Os Estados Unidos explicitam, num gesto enfático, o repúdio ao racismo.

O gesto permite uma constatação: a data passa a assumir uma importância fundamental. Desde 1963, com a fundação da Organização da Unidade Africana, celebra-se em 25 de maio o Dia da África. A OUA, criada por iniciativa do Imperador etíope Haile Salassie, reuniu representantes de 32 nações africanas para organizar os esforços de independência dos países colonizados. Seu papel no processo de libertação dessas nações foi decisivo.

Por uma eloquente coincidência, esses dois marcos históricos se unem numa mesma celebração. O Dia da África é também o da morte de George Floyd, em que a violência racista da mais poderosa nação do mundo foi exposta com um impacto jamais visto – impacto que provocou uma das mais contundentes reações contra a opressão sobre os povos afrodescentes.

A união contra a colonização e a mobilização contra o racismo: lutas que somam, produtos de uma mesma e justa e profunda indignação. A partir deste ano, em cada 25 de maio serão celebradas ambas as lutas. Até o dia em que as vencermos. Até que a indignação, que as motiva, transforme-se em paz. Até que a esperança, enfim, tenha se consumado.

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