Hoje começa a 75ª temporada da Liga de Basquete Americana – a NBA. Serão dois jogos: às oito e meia da noite, horário de Brasília, Bucks vs. Nets; às onze, Lakers vs. Warriors. Na verdade, dois grandes jogos. Os Bucks são os atuais campeões da Liga. Os Nets, para muitos, são os grandes favoritos a conquistá-la. Os Warriors têm Stephen Curry e os Lakers, LeBron James – dois dos grandes jogadores da história. Os fãs do basquete vão concordar: é difícil imaginar jogos mais interessantes.
Não é casual essa “rodada de abertura”. Aliás, nada no planejamento desta temporada parece ser casual. Os organizadores da Liga, mais do que nunca, mostram como promover o evento, valorizar o produto – e, em suma, realizar o espetáculo. A 75ª temporada da NBA tem tudo pra ser a mais espetacular de todos os tempos.
Nos últimos anos – ou talvez nas últimas décadas – a Liga tem passado por um processo de abertura. Ali sempre jogaram os melhores jogadores dos EUA, o país que sempre teve os melhores jogadores do mundo. Mas o que era bom ficou melhor: agora jogam ali, de fato, os melhores jogadores do mundo – americanos ou não. O melhor jogador da temporada passada foi o grego Giannis Antetokounmpo. O esloveno Luka Dončić é apontado por muitos como o grande craque da liga. Os “estrangeiros” povoam os times. E isso é bom: o nível aumenta, os estilos variam, o jogo se aprimora.
Se o futuro da NBA tem tudo pra ser brilhante, o passado sem dúvida é. Na verdade, a mais brilhante história do basquete: os 75 anos da Liga representam o processo de assimilação desse esporte pela sociedade americana – processo em que a herança africana desempenha, assim como na música, um papel protagonista. A Liga sabe valorizar essa história. Exemplo disso é a lista dos 75 maiores jogadores de todos os tempos da NBA. Ao longo desta semana eles serão conhecidos, a história será revisitada, o “produto” – o jogo e seu contexto – será ainda mais valorizado. Enaltecer glórias passadas é a melhor forma de assegurar o sucesso futuro.
A NBA dá uma aula. A 75ª temporada deve ser um evento histórico. O espetáculo, como nunca, terá um tratamento à sua altura. Não por acaso seu sucesso só aumenta. No Brasil, as duas gigantes da mídia esportiva – Disney e Globo – disputam esse “produto” numa luta ferrenha. No resto do mundo o interesse por ele não é menor. Guardadas as proporções, a NBA é para o basquete o que a Champions League é pro futebol. Só que ainda melhor gerida. E sem o hino chato, com aquele coro rococó, no início das partidas.
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