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A Festa do Divino

A Festa do Divino
Willy Zumblick

Tudo começou com Francisco de Assis e Joaquim de Flora. Era o século XI, era o império da Igreja. Ambos, Francisco e Joaquim, abalaram esse império. Ambos clamaram por uma Igreja nova, uma nova forma de viver a religião cristã – e, mais que tudo, um novo tempo: a era do Divino Espírito Santo.

A Igreja reagiu. Censurou tal pensamento. Perseguiu seus seguidores. Mas a fé sempre foi maior que qualquer império. A doutrina do Espírito Santo se espalhou pela Europa. E chegou à Ibéria, aos jovens ouvidos de Isabel de Aragão, a Rainha dos Pobres.

Reza a lenda que Isabel se irritou com a soberba do Rei, seu marido. Reagindo a isso, prometeu coroar, no dia de Pentecostes, o mais miserável súdito. E assim, ano após ano, ela fez mendigos serem reis.

Daí surgiu a festa. A coroação dos miseráveis. A elevação dos pobres. O Divino Espírito Santo abençoando todos: todos!

Em 1836 houve a primeira Festa do Divino na Armação do Itapocorói. Nesse ano sofríamos com a falência da pesca baleeira, o nosso povo penava, nós éramos miseráveis como nunca. Então nos reunimos em torno da sagrada Capela de São João Batista, invocando o Espírito Santo. E o saudamos, como fez a Rainha Isabel, com uma festa.

A festa do Divino é a celebração da fraternidade. É a promessa de Joaquim de Flora e Francisco de Assis. É a invocação do Espírito Santo pra que ele abençoe todos nós. Pois somos todos, afinal, iguais diante dessa bênção.

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