
Adoro notar que teu choro acabou de secar
e logo nos olhos um fogo te deixa sorrir
e rindo te lembro do quanto já pôdes sonhar
o sonho que a voz genocida tentou reprimir
Adoro escutar nosso coro vibrando no ar
as palmas, os pés, os tambores a repercutir
o som lá do alto do punho ainda a pulsar
o sangue ancestral que não pode jamais desistir
Não posso deixar de sentir nossa hora chegar
eu trago uma estrela polar só pra nos garantir
que temos um norte e que vamos então navegar
até o lugar em que a fé nos deixar prosseguir
Adoro os efeitos sonoros da conha do mar
o eco ondulado da voz mais difícil de ouvir
que canta no meio da dança dos astros em par
e cala na hora em que o sol solitário surgir
Comentários: