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Cegueira: a instalação sobre a obra de Saramago é uma experiência imersiva

Cegueira: a instalação sobre a obra de Saramago é uma experiência imersiva
Foto: Sara Krulwich/The New York Times

Ensaio sobre a Cegueira é um dos mais aclamados livros de José Saramago. Também um dos mais imersivos, por assim dizer. O leitor vivencia uma experiência visual – ou melhor, sensorial. Também ele, leitor, experimenta a cegueira que se espalha, epidêmica.

A instalação de Simon Stephens, baseada na obra do escritor português, resgata a experiência imersiva proposta no livro. De um modo talvez ainda mais intenso. Em todo caso, genial.

O New York Times cobriu a estreia da instalação na Donmar Warehouse, em Londres. A reportagem destaca não apenas a originalidade da obra, mas também sua adequação a estes tempos de pandemia. O espetáculo foi projetado para atender as regras de distanciamento social, sem perder a intensidade. Ao contrário: a experiência, com lâmpadas luminosas e headphones, é impactante justamente porque ‘isola’ cada um dos envolvidos.

A voz da única “atriz” do espetáculo toca os ouvidos do público. Inicia a narração contando como o primeiro homem se tornou cego enquanto dirigia seu carro. Diz a reportagem: “quando a voz cita a declaração confusa do homem (‘Eu fiquei cego!’), as luzes se apagam!”

Então vem a cegueira. E começa a história.

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