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Diversidade étnica (no andar de baixo).

Diversidade étnica (no andar de baixo).

Matéria do Financial Times, nesta quarta-feira (31), mostra a falta de diversidade étnica nos cargos superiores das Instituições Financeiras americanas. A publicação analisou dados de mais de três milhões de profissionais em mais de treze mil empresas do setor, numa amostragem que recobre o período entre 2007 e 2018. Na maioria das empresas, menos de 25% dos cargos superiores (“senior jobs”) foram ocupados por empregados não brancos (“non-white employees”). O número, segundo a publicação, não reflete a situação existente nos cargos inferiores (“junior jobs”), em que há bem mais diversidade.

A matéria ressalta outro dado preocupante: ao longo da década recoberta pela análise, os números deterioram. Ou seja: havia mais diversidade em 2007 do que em 2018, pelo menos no setor objeto da análise.

Chama atenção, também, a queda na participação de negros (“black employees”) entre os ocupantes das funções mais bem remuneradas do setor financeiro. Segundo o jornal, há atualmente mais asiáticos do que negros em cargos superiores nas empresas do setor, muito embora o número de trabalhadores negros seja 50% superior ao de asiáticos nessas empresas.

Os resultados da pesquisa não preocupam apenas pelo que demonstram, mas sobretudo pelo que sugerem. Os altos postos das corporações americanas permanecem sendo majoritariamente reservados a pessoas brancas. Embora seja um país multirracial, as elites não refletem tal diversidade. Os “non-whites” seguem – pelo jeito, cada vez mais – fadados a viver no andar debaixo.

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