Em noite inspirada, Neymar teve parceria promissora com Raphinha

A noite de quinta-feira foi daquelas de espantar fantasmas. Tudo bem que o fantasma uruguaio não assusta tanto há um bom tempo, já são vinte anos sem vitória celeste sobre o Brasil. Mas a assombração em questão eram as últimas partidas do time comandado por Tite, um fantasma interno, que não esteve presente na Arena da Amazônia no jogo contra o Uruguai pelas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Sem crise, o Brasil foi dominante, atacou o tempo todo e fez por merecer a goleada venceu por 4 a 1. A melhor notícia da noite, porém, talvez tenha sido uma parceria que era pouco imaginada até o início dessa Data FIFA: Neymar e Raphinha.

Pelo menos um dos dois esteve envolvido nos quatro gols brasileiros: Neymar abriu o placar e deu duas assistências, Raphinha marcou duas vezes. O primeiro dispensa apresentações, mas vinha tendo dificuldades em desempenhar seu papel como em anos anteriores e precisava de alguém para “dividir o protagonismo”. Para muitos estava desanimado em campo. O segundo é uma grata surpresa de uma Data FIFA que parecia ter mais prejudicado do que ajudado a seleção. Cria do Avaí, hoje Raphinha é peça fundamental no Leeds United da Inglaterra. Lá é comandado por ‘El Loco’ Bielsa, o argentino a quem Tite agradeceu pela boa forma do jogador, que participou de quatro gols em seus três primeiros jogos com a camisa da seleção.

Com 10 vitórias e um empate em 11 jogos (31 pontos), o Brasil caminha a passos largos para a Copa, vendo pelo retrovisor a Argentina, apelidada de Scaloneta e que está há 25 jogos invicta. Liderada pelos dois ‘Lioneis’, Messi e Scaloni, a atual campeã das Américas venceu o Peru também na quinta-feira e agora soma 25 pontos na vice-liderança.

Fácil de se conquistar, parte da torcida brasileira já fala em dupla do hexa dias depois de desacreditar que o Brasil avançaria da fase de grupos no mundial do ano que vem, após o empate diante da Colômbia em Barranquilla. Mais uma vez fica claro que tudo é muito intenso e 90 minutos podem mudar tudo quando se trata de seleção brasileira.