Muitos times de futebol, no Brasil e no exterior, têm se manifestado sobre o “Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia”, celebrado neste 17 de maio. Poucas dessas manifestações atraíram tanta atenção quanto a do Sport Club do Recife. Infelizmente, por razões lamentáveis.
Na última quarta-feira, 12, o Clube convidou Gil do Vigor, participante do último Big Brother Brasil, para uma visita a seu Estádio, a Ilha do Retiro. O evento recebeu críticas contundentes de Flávio Koury, conselheiro do Clube. Em áudio enviado a um grupo de whatsapp e vazado ao público, Flávio fez ataques homofóbicos a Gil.
No sábado, 15, outro conselheiro se juntou aos ataques. Renan Valeriano disse que “compactua” com as palavras de Flávio e que “a veiculação da nossa imagem por esse cidadão (…) empobrece e envergonha a marca Sport Club do Recife”.
A reação pública aos ataques homofóbicos foi intensa. Várias personalidades se manifestaram em condenação veemente às declarações dos conselheiros. Neymar, ao comemorar o gol feito neste fim de semana pelo PSG, homenageou Gil do Vigor fazendo a dança “tchaki tchaki”, que Gil tornou famosa nos dias de BBB. Os jogadores do Sport, no gol diante do Náutico, neste domingo, fizeram idêntica homenagem. Neste jogo, aliás, o próprio Clube fez uma homenagem ao ex-BBB, escrevendo seu nome nas camisas dos jogadores.
Nesta segunda, 17, Flávio pediu desculpas públicas a Gil do Vigor. Também hoje os três grandes Clubes de Recife – além do Sport, o Santa Cruz e o Náutico – publicaram nas redes sociais uma campanha conjunta celebrando o “Dia Internacional de Luta Contra a LGBTfobia”.
As ações do Sport Club Recife eram aguardadas e receberam aplausos. Pena que sua repercussão deva-se, em grande medida, às atitudes homofóbicas de dois de seus conselheiros – que deverão ser punidos, inclusive pelo próprio Clube, e que receberam do público, em todo caso, o merecido repúdio.
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