Sem gols e com tudo em aberto para a volta. Assim terminou o primeiro jogo da final da Copa Santa Catarina entre Juventus e Figueirense, que aconteceu na noite da última quarta-feira, no estádio João Marcatto, em Jaraguá do Sul. Em uma partida equilibrada e com boas chances para os dois lados quem sai na frente mesmo com o placar zerado é o Furacão do Estreito, que joga pelo empate na volta por ter feito melhor campanha na primeira fase. O time de Jaraguá do Sul, porém, já viveu situação parecida nas semifinais e assim como o adversário da capital, vê na competição um título necessário para fechar a temporada, mesmo que seja tratado como um torneio secundário no cenário catarinense.
A final da edição deste ano coloca frente à frente duas equipes que vivem momentos diferentes de suas histórias. Para o jornalista e escritor Henrique Porto, essa é a chance do Moleque Travesso conquistar o primeiro título de expressão desde sua fundação, em 1966. Para ele, a disputa “marca esse renascimento do Juventus, um novo momento da equipe, agora efetivamente profissional”. Ao longo de seus 55 anos, a equipe jaraguaense conquistou a Série C do Catarinense em 2004, foi vice-campeão da Série B de 2012, e têm chamado atenção nas campanhas recentes do estadual, com uma semifinal na temporada 2020.
Além da possibilidade de vencer um título estadual, a equipe tricolor também joga para garantir uma vaga na Copa do Brasil. Caso levante a taça diante do Figueirense na segunda-feira, será a primeira vez que o Juventus disputará o segundo torneio mais importante do país, que é também aquele com maior volume de premiação para os clubes brasileiros que avançam de fase.
Por outro lado, o Furacão do Estreito mira a taça da Copa SC para esquecer as campanhas do Catarinense e da Série C do Brasileiro em um ano simbólico: o do centenário do clube. Buscando a recuperar seus anos de glória, a equipe vê no torneio do qual já foi bicampeã, o primeiro passo de uma retomada. Zé Maia, repórter da Jovem Pan News Florianópolis, ressalta que a Copa SC pode representar a chave de virada do Figueirense para as próximas temporadas. “Se o Figueirense consegue o título, consegue também a vaga na Copa do Brasil e talvez esse seja o maior símbolo da reconstrução”, completa. Mesmo que outras equipes tradicionais do estado não tratem a Copa como prioridade, a essa altura, ela é fundamental para o Figueirense.
Outro fator de motivação para o time alvinegro é a de encontrar o rival Avaí na Recopa Catarinense, que reúne o vencedor do Campeonato Catarinense e o vencedor da Copa SC. A partida decisiva, entre Figueirense e Juventus, acontece no Orlando Scarpelli, na segunda-feira, feriado do dia da Proclamação da República, e tem início às 15h.
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