Opinião

Marco Murara: Empreender por necessidade na pandemia

Marco Murara: Empreender por necessidade na pandemia
Dimitri Karastelev / UNSPLASH

A pandemia obrigou muitas pessoas a empreender. Esta modalidade de empreendedorismo era cada vez menos comum no Brasil, segundo a pesquisa GEM. Fatores ligados crises econômicas, que suprimem o desenvolvimento de uma região ou país, geram estagnação, recessão e desemprego. Este fator sem dúvida acelera o empreendedorismo por necessidade. 

Este tipo de empreendimento é caracterizado pela urgência de retorno e por isso geralmente tem pouca ou nenhuma pesquisa de possíveis clientes, fornecedores, concorrentes ou legislação. O negócio nasce da soma da percepção de empreender, com o possível conhecimento técnico ligado um ramo e aos poucos recursos disponíveis. Praticamente todos iniciam na informalidade e alguns registram o negócio após um tempo.

Muitos negócios iniciados por necessidade acabam dando certo, por uma série de fatores, uns ligados a competência do empreendedor e outros ligados ao acaso. Alguns se tornam grandes empresários e outros poucos tem notoriedade nacional com exposição na mídia. Não é difícil encontrar um empreendedor deste tipo fazendo palestras pelo país e arrastando fãs às centenas.

É preciso deixar claro que estes casos de sucesso são exceção e não devem ser olhados como regra. Se deu certo para eles não significa que dará certo para todas as pessoas que tentarem usando as mesmas ferramentas. Para que tenhamos um caso de sucesso com empreendedorismo de necessidade, onde o empreendedor vira celebridade, temos milhares de pessoas que faliram e adquiriram sérios problemas pela falta de organização.

Mesmo em caso de necessidade é preciso reunir algumas informações básicas e procurar a ajuda de parceiros que possam auxiliar a minimizar os riscos. É preciso buscar treinamento sobre gestão financeira, mercadológica e encontrar a melhor estratégia. Investir um pouco de tempo pode encurtar o caminho para o sucesso.

Marco Murara

Roqueiro, cervejeiro, flamenguista e progressista. Já foi entregador de jornal, office boy e hoje obedece a esposa.

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