Quem já jogou qualquer modo carreira no FIFA ou derivados, entende muito bem o sentimento de Nasser Al-Khelaïfi, o dono do PSG, ao reunir Messi, Neymar, Mbappé, Sergio Ramos, Donnarumma e outros craques no mesmo elenco. O principal clube da cidade-luz montou um verdadeiro time das estrelas. É possível dizer hoje que, dos cinco melhores jogadores do mundo, três estão em solo parisiense e vestem a camisa do PSG. Mas será que a espera pelo tão sonhado título da Champions chega ao fim?
Diferente do basquete, não estamos acostumados a ver tantos craques assim em um mesmo time. A última vez que isso aconteceu foi com o Barcelona de 2012, que continha em seu elenco os três melhores do mundo na época (Messi, Xavi e Iniesta), e antes disso, os galáticos do Real Madrid com outros tantos nomes lendários. Em um cenário completamente desfavorável para se gastar milhões em peças caras no mercado, o PSG conseguiu contratar o capitão do Real Madrid, Sérgio Ramos; o capitão do Barcelona, Messi; o melhor jogador da Euro, Donnarumma; e Wijnaldum, peça chave do Liverpool. Tudo isso a custo ZERO.*
É difícil até mesmo escalar esse Paris Saint-Germain. Irá jogar com três zagueiros? Di María terá espaço? Verratti ou Paredes no meio? As opções são muitas, e essa dor de cabeça eu deixo para Mauricio Pochettino, o argentino responsável pela escalação.
Acompanhando o elenco dos sonhos, a expectativa em cima do time está altíssima, assim como a pressão por nunca ter levantado a taça da Champions League. Já faz 10 anos que o projeto bilionário da QSI (Qatar Sports Investments), regado pelo dinheiro do petróleo catari, chegou ao PSG. O sucesso nacional é indiscutível e mesmo tendo perdido o último campeonato nacional, não deverá ter muitas dificuldades na temporada atual. Na Champions o cenário é outro. Com os ingleses em alta (incluindo o campeão Chelsea e o também pressionado Manchester City) e um Bayern sempre forte, o PSG não terá vida fácil (como nunca teve), no torneio.
Ainda assim, no papel, o PSG é indiscutivelmente favorito para tudo que disputar. Se pensarmos no que Messi fazia em elencos não tão fortes nos últimos anos, é impossível não se animar com as possibilidades que o argentino terá em sua nova casa. Favorito ou não, a vida real é diferente do videogame, no qual o PSG certamente já ganhou muitos campeonatos europeus. Será que nesse ano, a Champions League vem?
*O PSG não teve que pagar a nenhum dos clubes pelos jogadores, mas obviamente desembolsou valores significantes com luvas.
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