Assistir o mata-mata da Libertadores 2021 é ver pelo menos um brasileiro ou argentino em todos os oito jogos.
Em sua fase mais decisiva, a Libertadores da América preserva o domínio brasileiro e argentino da fase de grupos. Dos 16 clubes que restam na disputa pelo maior título das Américas, são apenas 4 representantes de fora do eixo Brasil-Argentina: Cerro Porteño (Paraguai), Barcelona SC (Equador), Universidad Católica (Chile) e Club Olimpia (Paraguai). Entre os quatro, nenhuma vitória na ida das oitavas, aliás, exceto pelo Olímpia todos perderam seus jogos e tentam na volta a sobrevivência no torneio.
Nos últimos quatro anos, nenhum time que não atuasse no futebol de um dos dois países chegou nas finais (ou na final única, no formato mais recente), e muito provavelmente a lógica irá se repetir nesta edição. O último representante a conseguir o feito foi o colombiano Atlético Nacional no ano de 2016, ao vencer em uma alternativa final o Independiente del Valle do Equador.
Borja beija a taça da libertadores de 2016. Posteriormente jogaria (mas não brilharia no Palmeiras). DIVULGAÇÃO
A disparidade futebolística entre os dois países e o resto do continente também se explica em números, no valor de mercado dos elencos. Segundo o Transfermarkt, portal alemão que calcula o valor de jogadores e clubes, entre os times que disputam a Libertadores, há apenas um representante de fora do eixo Brasil-Argentina entre os 20 mais valiosos da lista: o Club Libertad Asunción, que ocupa a vigésima posição do ranking e ficou pelo caminho ainda nas fases preliminares.
Um domínio rioplatense
A hegemonia compartilhada porém não é totalmente inédita, torneio hoje dominado pelos dois maiores mercados do esporte na américa latina já viveu tempos bem diferentes, e até mesmo outra “dinastia dupla” como em seu início, na década de 60. Dominado por Argentina e Uruguai e com eventuais participações do Brasil (com Santos e Palmeiras) em finais, argentinos e uruguaios chegaram a fazer 4 decisões seguidas entre 1964 e 67. Entre os finalistas daquela década, o maior vencedor, Independiente, dividia protagonismo com Racing, River Plate e Estudiantes de La Plata. Do lado uruguaio, o duopólio Peñarol e Nacional já era vigente.
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