
Disse alguém uma anedota
Não importa a quem ouvisse:
É sobre um velho que trota
Desde a tenra meninice
Sempre ali na mesma rota,
na mesma e total vigarice,
e virou o bê e o jota
De Jotabê e seu vice,
Fornecendo à sua frota
Toneladas de burrice
Dada a cada patriota
Da pátria donde fugisse
Depois que sua patota
Dos ministérios caísse
Como cocô numa bota
Que ele usava quando disse
Que a vacina era a gota
Do veneno da esquerdice
Feito na China ignota
Bem no buraco da Alice.
E disse tanta lorota
E tanta sem-vergonhice
Que lá do inferno se nota
Que talvez ele servisse
Pra entrar na velha cota
Dessa filhadaputice
Que Deus do Céu sempre enxota
Ao diabo que a bendisse.
O desfecho da anedota
Você talvez já previsse:
O guru parou na grota
Cheia da própria burrice
E enfim virou cachota
Entre quem assim o visse:
Um velho tão idiota
Que morreu de idiotice.
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