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O Ó do Borogodó.

O Ó do Borogodó.
Ezyê Moleda/Folhapress

Próxima ao burburinho da Vila Madalena, em São Paulo, uma casa antiga parece ter um coração pulsando em seu interior. Não é um coração, na verdade: é o samba. Ali, toda semana, havia o encontro de alguns dos melhores sambistas da cidade. Havia: não há mais.

Próxima à , também em São Paulo, há uma casa de shows musicais na sobreloja de um prédio antigo. É, com toda a certeza, uma das melhores do mundo. Talvez não seja mais. Talvez não resista.

O Ó do Borogodó e a Casa de Francisca são duas estrelas de uma cena musical que está morrendo. A primeira enfrenta uma ação de despejo. A segunda desdobra-se num esforço comovente pela sobrevivência.

Seria incrível se ambas sobrevivessem. Seria um feito extraordinário se nós, seus admiradores, déssemos a ajuda necessária (e nós podemos: acesse as redes sociais duma e doutra e veja como. Seria, essa vitória que comemoraríamos com ótima música e em ótima companhia, o ó do borogodó.

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