
Entender das coisas
Movimentos leves
E a paz dos horizontes fotografados
Humano que sou, não entendo
Minha brutalidade tropeçando, escapa
A paz é uma utopia de séculos e séculos e nunca acontece
Talvez numa foto.
Palavras fazem contornos e sentidos, criam esperanças, dão levezas e sabem. As palavras sabem.
Inspirações precisam de músicas cheias de palavras, mesmo quando não dizem nada, para arrancar deste rochedo um rosto, um olhar, alguma voz mais gentil.
Um mar só faz poesia na borda, indo e vindo na areia, que lá dentro é frio, insensível, salgado.
Eu recorto paisagens e confundo o mundo que, num verão qualquer, pode acabar e começar tudo de novo.
Vi um passarinho crescer, sair do ninho e voar. Tão frágil, tão efêmero, tão inútil.
A poesia é um passarinho.
As palavras sabem. Eu não.
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