O Paris Saint-Germain é daqueles times que, por falta de confiança e erros cruciais, deixa escapar chances inacreditáveis. Foi assim contra o Barcelona em 2017, na virada histórica (e traumática) do time catalão por 6 a 1, após ter vencido o jogo de ida por 4 a 0. O mesmo dois anos depois, nas oitavas contra o Manchester United, venceu a ida por 2 a 0 e foi eliminado na volta, com direito a gol de pênalti de Marcus Rashford nos acréscimos. Nas duas ocasiões a vantagem era considerável, mas a classificação escapou. Isso sem falar da final da última edição, vencida pelo Bayern em cima do próprio PSG.
Nesta temporada o time francês parece ter aprendido com os erros anteriores. Chegando a mais uma semifinal com confiança lá em cima. Afinal, eliminar o atual campeão europeu não é pouca coisa, ainda mais quando ele é o Bayern de Munique. Com uma defesa remendada e contando com desfalques adversários, o time de Pochettino sorriu por último dessa vez.
Afastando traumas
Já na fase de grupos enfrentou o Manchester United, que ficou pelo caminho. Nas oitavas o Barcelona: 4 a 1 para o PSG na ida, 1 a 1 na volta, com o time de Messi bem menos capaz de executar outra virada histórica. Nas quartas, decidida na última terça feira, foi a vez do Bayern. O fantasma da última final foi superado, com sufoco, mas foi.
Os dois times estavam desfalcados em quase todos os 180 minutos de confronto. O Bayern não tinha seu principal jogador, Lewandowski, atual melhor do mundo da FIFA, além de Goretzka e Gnabry, peças importantes do time. O PSG não tinha Icardi, e seu principal defensor: Marquinhos, lesionado logo após marcar gol no primeiro jogo. Com bela atuação de Neymar (2 assistências) e Mbappé (2 gols) a ida terminou em 3 a 2 para o PSG. Ótimo resultado para o time francês.
Na volta a missão era difícil. Mesmo assim, a defesa parisiense “costurada” formada por Dagba, Diallo, Danilo e Kimpembe foi capaz de segurar o resultado necessário. Com destaque para o goleiro Navas, é claro. O subestimado costarriquenho que coleciona boas atuações em noites de Champions League (por mais que tenha falhado no único gol da partida). A derrota por 1 a 0 deu a classificação ao time francês, pelos gols fora. Neymar foi escolhido o craque do jogo. Chutou três bolas na trave, que felizmente, não fizeram falta.
No apito final o sentimento não foi outro senão alívio. Após insucessos em anos seguidos e centenas de milhões de euros investidos, o caminho se abre novamente. Ou melhor, o PSG abre caminhos para chegar ainda mais perto do título europeu.
Comentários: