
Uma história rodeada de reviravoltas e controvérsias chocou o Brasil em abril de 1992: o sequestro e assassinato cruel do garoto Evandro Ramos Caetano, de apenas 6 anos, na cidade de Guaratuba, litoral do Paraná. Cinco dias depois, o corpo de Evandro foi encontrado mutilado em um matagal. Mas longe de ter ficado no passado, o crime brutal e seus desdobramentos foram revividos recentemente. Primeiro no podcast Projeto Humanos e agora, em uma série documental de tirar o fôlego.
Com entrevistas com os mais diversos personagens envolvidos (como advogados, promotores, parentes, testemunhas e acusados), recortes de jornais e arquivos de TV e rádio, o caso foi remontado na série “O Caso Evandro”, idealizada e produzida pelo jornalista e professor Ivan Mizanzuk. Ivan também é o narrador da série original Globoplay, e cresceu durante o surto de desaparecimento de crianças nos anos 90, no Brasil, o que o motivou a reviver o caso que o chocou na infância em seu podcast.
Entre cenas reais da época, dramatizações emocionantes e cenas atuais de Ivan relatando seus passos na apuração dos fatos, a série observa o caso como poucas obras brasileiras do gênero. Com os primeiros episódios lançados em 13 de maio, já tem repercussão impressionante mesmo antes do fim da primeira temporada.
Para além da crueldade e da ampla cobertura da mídia local e nacional, o caso também ficou conhecido por ter tido júri mais longo da história do país, em um processo que durou 25 anos. Com diversas o caso chegou a ter o mais longo júri da história da justiça brasileira, com 34 dias de julgamento. Anos depois o júri foi anulado, sendo retomado o julgamento em maio de 2011.
A história também ficou conhecida como a das “bruxas de Guaratuba”, em alusão à mulher e a filha do então prefeito Aldo Abagge, Celina e Beatriz Abbage, acusadas de ordenarem o assassinato do garoto. Beatriz chegou a ser condenada e presa, mas em 17 de abril de 2016, o Tribunal de Justiça do Paraná a concedeu perdão de pena.
Comentários: