Após passar da fase de grupos com tranquilidade, mas sem encantar, o Brasil enfrenta o Canadá pelas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O jogo que acontece na madrugada desta sexta-feira guarda surpresas e é apenas mais um passo no desafio que é a busca pelo ouro após duas pratas e uma Olimpíada em casa sem medalhas no futebol feminino.
Para chegar ao tão sonhado ouro, além de passar pela seleção canadense, o Brasil pode pegar os Estados Unidos nas semis. Lembrar de Brasil x Estados Unidos em Olimpíadas não traz as melhores memórias. Foram duas finais perdidas para os norte-americanos: 2004 e 2008. Nas duas, o Brasil jogou melhor, mas viu o ataque eficiente das estadunidenses levar o ouro.
A história recente da seleção também se mistura (e até se confunde) com a de duas personagens gigantes do esporte: as já veteranas Formiga e Marta. A volante faz parte do restrito clube de atletas brasileiros que disputaram sete – isso mesmo SETE – olimpíadas. Falar que essa será a última edição com participação de Formiga parece justo, afinal o corpo tem seus limites e Formiga tem 43 anos. Mas se em Paris 2024 ela ainda estiver por aí, não se surpreenda, afinal está acostumada a ultrapassar todos os limites esportivos.
Marta e seu papel no time dispensam apresentação, mas em uma fase não tão próxima do gol, a atacante tem atuado pelo lado direito do campo e parece mais presa do que de costume. A escolha gerou críticas à técnica sueca Pia Sundhage.
Ainda assim, parafraseando a própria técnica: “Brasil é muito mais do que a Marta”. E se tem alguém que conhece de perto o ouro olímpico é a própria Pia, bicampeã olímpica. Um de seus dois ouros vieram inclusive em cima do Brasil, em 2008, quando treinava a seleção estadunidense. Além disso, foi ouro em Londres 2012 e prata na Rio 2016, comandando a seleção de seu país natal, a Suécia.
Mas antes de pensar em medalhas, a cabeça deve estar no jogo contra as canadenses. A seleção ocupa o oitavo lugar no ranking da FIFA, uma posição atrás das brasileiras. O retrospecto é positivo: de 2019 pra cá foram 4 jogos, com dois empates e duas vitórias brasileiras. Resta ver se a dose se repete nesta madrugada de sexta.
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