Todos sabem que a Pandemia trouxe, além de muita tristeza, muito prejuízo. Mas existem aqueles que, se não alegria, têm tido bastante lucro nesse período. Como diz o provérbio, “enquanto uns choram, outros vendem lenço”. Nenhum problema nisso. É natural, mesmo nos piores cenários, que exista quem prospere. O que realmente intriga é o seguinte: durante a pandemia, foram justamente os mais ricos que ganharam (ainda) mais. Mais até do que normalmente ganhariam – pois, você sabe, eles normalmente enriquecem.
A desigualdade entre ricos e pobres cresce assustadoramente. A distância a separá-los talvez se torne irreversível. Essa irreversibilidade é o maior pesadelo da humanidade: um abismo tão fundo que, afinal, faça os que estão do lado de lá, os ricos, esquecerem os do lado de cá, os outros. Diante desse esquecimento estará em jogo a própria condição humana. O lado de lá pode atribuir tal condição apenas aos que lá estão. Ou pode atribuí-la a nós, os que estamos deste lado; e então arrogar-se uma condição superior, super-humana – em todo caso, perversamente doentia. Parece uma distopia, eu sei. E é.
A covid não é a única doença que nos assola neste momento histórico. Nem a pior.
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