Hoje, sete de abril, é o “Dia do Jornalista”. A efeméride é importantíssima. Ao menos por três razões.
Primeira: os jornalistas merecem a celebração. A jornalismo a merece. Não apenas porque se trata de uma atividade importante – aliás, rigorosamente essencial. Mas sobretudo porque supõe duas altas virtudes intelectuais: o rigor do método e o salto da criatividade – a ciência e a arte. Não é simples fazer jornalismo. Há que se celebrar a coragem de encarar o desafio.
Segunda: nunca o jornalismo foi tão importante. Embora especulativa, essa frase soa como uma verdade evidente: parece que podemos intuí-la. O contexto justifica a intuição. A guerra de narrativas, a fragmentação dos meios tradicionais de comunicar fatos e juízos, as estratégias sorrateiras dos discursos extremistas, a indústria das fake News, os canais obscuros de difusão de notícias, o ódio capilarizado – nunca a verdade e a razão pareceram tão ameaçadas. O jornalismo deve defendê-las. O autêntico jornalismo as supõe.
O adjetivo – ‘autêntico’ – se justifica. Pois há um jornalismo falso, fingido, venal. Na verdade, a prática mercenária de defender interesses. Um arremedo – em todo caso, grave: afinal, é o pior inimigo do jornalismo. Eis a terceira razão a demonstrar a importância da data: é preciso celebrar os verdadeiros jornalistas. É preciso, portanto, reconhecê-los.
Como? Dando-se à atividade a importância que merece – e deveras tem. Reparando-se atentamente em sua realização. Reconhecendo-se os bons trabalhos: o método rigoroso, o salto criativo – a ciência e a arte. É preciso que a sociedade volte-se, com o máximo respeito, a essa atividade. A efeméride, hoje celebrada, talvez nos ajude a isso.
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