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Um autêntico Nirvana. Ou não

Um autêntico Nirvana. Ou não
(Foto: Jeff Kravitz/FilmMagic)

Você curte falar sobre inteligência artificial? Então escuta essa. Um software ousou compor (não estamos seguros de que esse é o verbo correto) uma música que Kurt Cobain, por assim dizer, teria composto se vivo estivesse. Você não entendeu? Vamos tentar ser mais claros. Esse software esquadrinhou trinta músicas do astro do Nirvana. Analisou em detalhes, como só as inteligências artificiais conseguem, letras, melodias, harmonias, ritmos, arranjos. Descobriu padrões. Com base neles, criou uma música. Um novo hit que invoca – por assim dizer – a autoria de Kurt. Um autêntico Nirvana.

Ou não. Afinal, trata-se de uma máquina. Ainda que bem esperta, ela não pode resgatar as razões que inspiraram o grande compositor do grunge. Menos ainda, a inspiração em si. A música não é má (ouça). Parece um Nirvana, de fato. Mas convenhamos: não é.

Em todo caso, é bem legal. Não só a música, mas a ideia. Ou melhor: a iniciativa. A organização canadense Over The Bridge está por trás do projeto intitulado “The Lost Tapes of 27 Club” (“As Gravações Perdidas do Clube 27”, em tradução livre). Trata-se de um álbum com quatro músicas inspiradas em Amy Winehouse, Jimi Hendrix, Jim Morrison e, claro, em Kurt Cobain. Os quatro astros morreram com 27 anos; daí o nome do projeto.

A iniciativa pretende arrecadar fundos para a Organização, que dá assistência a músicos com doenças mentais. Mais que tudo, pretende chamar atenção para o problema e mobilizar as pessoas se prevenirem. Afinal, você sabe: nenhuma inteligência artificial substituirá a sua. Essa, provavelmente, é a mensagem.

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