Opinião

Capitão Ulisses: “Nunca é hora de lockdown.”

Não é hora de lockdown. Nunca, sob nenhuma circunstância, será hora de uma medida tão opressiva. Trata-se de restringir liberdades básicas: a liberdade de empreender, de trabalhar, de se reunir para fins lícitos – inclusive a liberdade de ir e vir, o mais natural direito do homem. É medida inconstitucional, portanto, que viola cláusulas pétreas de nossa Lei Fundamental. 

Não se ignora a gravidade da situação. Mas convém enfrentá-la sem que, ao fazê-lo, sacrifiquemos nossas liberdades mais essenciais; e sem que, por sacrificá-las, causemos consequências tão ou mais nefastas que aquelas ligadas à Pandemia. Não há evidências científicas de que o lockdown reduza o contágio; no máximo, invocam-se “casos de sucesso” em outras circunstâncias e com outras variáveis. Há, entretanto, uma evidência indiscutível: o contágio haverá enquanto houver o convívio humano; logo, somente os indivíduos podem evitá-lo. 

Eis o princípio de que devemos partir: o enfrentamento da Pandemia remonta à atitude de cada indivíduo. Remonta, para usar uma fórmula consagrada, à consciência individual. Cabe a cada um proteger a si e aos demais. A prisão do homem – o que é lockdown senão isso? – desvirtua aquele princípio. Enfrentaremos o vírus, e qualquer outro desafio que nos arroste, exercendo nossa liberdade. Afinal, nossa meta será sempre a defesa da vida; e não há vida, não uma que se deva defender, sem liberdade. 

Capitão Ulisses

Capitão Ulisses é blumenauense. Apaixonado por inteligência militar, tem se dedicado ao estudo de sistemas políticos complexos.

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