
Passou e não vi
Quando estive ali
Só Senti
Burburinhos acenam
Descendo abaixo sonoros
Extravagantes silêncios
Não li
Confusões anunciam quedas
Leves brandas lisas pedras
Respingos finos aprendem a voar
Chega a hora
Não tem festa, nem despedida
É tarde
Apenas um aceno
Sorrisos distantes
Tudo bem
O mundo logo amanhece de novo
A fragilidade dos sonhos
Os sapatos apertados
Retirados
Os copos espalhados
Marcados
Restos restos restos
Bocas abertas
Olhos dilatados
O peito respira ansioso
E bate por imposição
Teve um tempo que pensava em rimas
E depois em redondilha maior
Amanheceu e fim
Esqueci
Corpos sem donos movem memórias
Desejos intrínsecos das histórias
Carne pele cabelos
Sem distinção
Dissecam vontades
Interpretam gestos
Resumem, separam, retiram
Anatomia da sede
Tivemos tempo
Ainda há tempo
Há tempos
Chega a hora
Nem o que ficou
Nem o que esqueceu
Presentes são ausências
Memórias de desejos
Corpos das histórias
E tudo virou verbo
Fim.
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